Protesto em Belo Monte

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Dos cerca de 180 índios que iniciaram as reivindicações, 35 deixaram o local. Permanecem na manifestação, que começou no dia 2, os índios mundurucu, que são a maioria.

Eles dizem ter uma pauta de reivindicações para o governo federal, como a regulamentação do mecanismo de consulta prévia sobre obras que interfiram em terras indígenas, paralisação de obras e estudos de hidrelétricas nos rios Xingu, Tapajós e Teles Pires, e suspensão do envio de tropas da Força Nacional de Segurança às comunidades.

A Secretaria-Geral da Presidência da República informou na segunda-feira (6) que não irá negociar com os índios que invadiram um dos canteiros da obra da hidrelétrica de Belo Monte (PA), paralisando parcialmente a obra pelo quinto dia consecutivo.

Por meio da assessoria, a pasta disse que os índios munducuru não são sérios e não querem negociar. Chegou a relacionar um dos líderes do movimento ao garimpo ilegal no Tapajós, cuja manutenção estaria por trás dos interesses do grupo.

A assessoria disse ainda que Carvalho se colocou a disposição dos índios por duas vezes para discutir mecanismos de consulta prévia sobre obras de hidrelétricas nos rios Tapajós e Teles Pires.

Afirmou que os índios chegaram a viajar a Brasília em fevereiro, custeados pelo Planalto, e não apareceram em reunião marcada com o ministro –também faltaram, segundo a pasta, a outra reunião, em abril, em Jacareacanga (PA).

“Eles mudam a regra do jogo na última hora. Não querem negociar e agora fizeram essa invasão em Belo Monte. Não são sérios e não são honestos”, afirmou o assessor especial do ministério Sérgio Alli.

Fonte: Folha de S.Paulo