[custom_frame_left shadow=”on”]
[/custom_frame_left] Sobre a crise do ano 2008, o sistema dominante implemento novas formas de manter a lógica capitalista funcionando. Com essa linha, os governos, empresas e agencias internacionais se voltaram a “economia verde” como uma solução a crise ambiental e dos mercados.
Esta estratégia, que tenta fazer coincidir o cuidado da Terra com a economia, é visto como uma medida para o avanço do capital.
Este “capitalismo verde” tem como finalidade completar a apropriação das zonas rurais, setor onde a população sofre faz tempo seus efeitos através da concentração de terras, privatização de água, violação aos direitos de terras dos povos indígenas, posse de parques nacionais e de reservas naturais.
A continuação da forma em que se presentam estas falsas soluções, seguem detalhes sobre A Via Campesina:
- Os créditos de carbono e títulos da biodiversidade: seguem em principio de que quem tem dinheiro pode continuar contaminando e compensando. Em outras palavras, os países ricos e as grandes empresas podem contaminar e destruir os ecossistemas, se paga a alguém para que, supostamente, conserve a biodiversidade em algum outro canto do planeta.
- REDD (Redução de Emissão derivadas de florestação e degradação): anunciaram que é um sistema para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, produto da desflorestação e a degradação dos bosques. Mas impõem, por um pagamento ridículo, planos de gestão que negam as famílias e as comunidades rurais o acesso a suas produções, próprias terras, bosques e fontes de água. Por outra parte, garantirão o acesso sem restrição das empresas em áreas florestais coletivas, o aumento da biopirataria.
- Energia através da “biomassa”: a conversão das plantas, algas e restos orgânicos em uma fonte de energia para substituir o petróleo, como os agrocombustíveis, significa que milhões de hectares estão dedicadas para alimentar máquinas, que deveriam estar cobertas de bosques e produzindo alimentos. São os agrocombustíveis, que já conhecemos, mas também com novas formas e novas tecnologias.
- Agricultura “climaticamente” inteligente: com o pretexto de desenvolver uma agricultura adaptável a diferentes climas, querem impor o uso de transgênicos “adaptado” a seca e os novos agrotóxicos. Podemos perder o controle sobre nossos territórios, nossos ecossistemas e nossa água, e produzir alimentos com veneno, colocando a população em risco.
- Restrição ao uso da água: baixo o pretexto de que a água de rio é escassa, sugerem que a água se concentre em “cultivos de alto valor”, e optar por cultivos de exportação agrocombustíveis e outros cultivos industriais, e que se deixem de regar cultivos para a própria alimentação
- Saídas “tecnológicas”: propõem as opções perigosas, tais como a geo-engenharia e o cultivo dos transgênicos. Nenhuma das soluções propostas por geo industrias demostraram ter a capacidade real de solucionar os problemas do clima. Pelo contrario, algumas formas de geo-engenharia(como a fertilização do mar) são tão perigosas que, a nível internacional, há declarado uma moratória sobre elas.
- Economia dos Ecossistemas e Biodiversidade (TEEB): colocam preço a todos os bens naturais(como a água, a biodiversidade, a paisagem, a fauna, as sementes, a chuva) para logo privatizar e cobrar por seu uso. Isso é um assalto final contra a naturaleza e a vida, e também os meios de trabalho e da a vida das persas que vivem da agricultura, a caça e a pesca. Em última instancia o domínio de nossos territórios, por contrato entre as comunidades e as empresas.
- Energia renovável: há um grande interesse do capital em estabelecer um novo mercado energético supostamente sustentável, como a eólica, solar e outras. Transnacionais e outras empresas como Siemens está investindo fortemente neste negocio. Sim embargo, há una crítica do uso da grande produção de energia que já existe, destinada em sua maioria para a industria minera.
O desafio para os povos é recuperar essa outra forma de relaciona-se com a natureza e entre as nações. A Via Campesina chama a “todos os homens e mulheres para contribuir com a construção da soberania alimentaria, reforma agraria integral e a recuperação dos territórios indígenas. Queremos acabar com a violência social e ambiental do capitalismo e restabelecer os sistemas campesinos e indígenas de produção que estão baseados na agroecologia”.
Entre as propostas, que se consideram o caminho real para gerar uma produção sustentável de alimentos saudáveis e salvar o planeta do desastre ambiental, temos:
Soberania Alimentaria: permite acabar com os mono cultivos, fomentando os sistemas campesinos de produção agroecológica, que se caracterizam por sua maior intensidade e produtividade, sua capacidade para gerar trabalho, cuidar do solo, produzir alimentos saudáveis e diversos. Respeita a terra como sustentadora da vida, focando em sua produção, comercialização e processamento local.
Reforma Agraria: é necessário que a agricultura volte a ser uma tarefa dos campesinos e dos povos indígenas. Para isso, deve fazer de forma urgente as reformas agrarias integrais e de grande amplitude, que acabem com a concentração extrema e crescente da concentração da terra que agora afeta a humanidade.
Incentivo a Agricultura Campesina: a agricultura campesina, a caça, a pesca e o pastoreio rotativo devem ser devidamente apoiados com fundos públicos, no condicionados das medidas que comprometem sua viabilidade. Os mecanismos de mercado, tais como a venda de carbono e serviços ambientes, devem ser acabada imediatamente e se substituído por meios reais, tais como os mencionados anteriormente. Deter a contaminação é um dever que nada pode evitar a compra de direitos para continuar destruindo.
Outro Modelo Energético: O discurso de que é preciso aumentar a geração de energia escondendo a forma em que se produz o verdadeiro motivo: para ampliar a concentração de capital que gera a destruição do planeta. Necessitamos fontes de energias renováveis descentralizadas e de baixo impacto ambiental dentro do alcance dos povos